O Reino dos Manhicas
A nomeação Mutasa, pronunciada em Chimanhica por MUTASSA, foi uma forma encontrada para imortalizar aqueles que na era pré-colonial souberam governar e deram vidas em trabalho ou sangue na defesa da soberania e bem-estar do povo moçambicano.
O reino dos Manhicas nasce a volta de 1494, só por volta de 1512 começa a consta nos documentos. Pertenceu a Dinastia do Rei Chicanga, onde o mesmo era tratado de MAMBO. Em 1822 o reino dos Manhicas muda para Dinastia do Rei Mutasa. O rei mais documentado foi Tendai Katsatso Mutasa, conhecido por CHIFAMBAUSIKU, o homem que anda nas noites. Reinou entre 1870 e 1902, na altura em que principia a colonização inglesa e portuguesa. O Reino fora repartido pelas então colónias de ex – Rodésia do Sul (hoje Zimbabwe) e Moçambique como consequência da partilha da África na Conferencia de Berlim.
Os primeiros Reis dos Manhicas na parte moçambicana viveram nas colinas abaixo da Serra Vengo, que se localiza a alguns quilómetros da Fábrica da Água Vengo e a alguns metros das ruínas Nhahotsi ambos descendentes do Mutasa. Nestas colinas há ruínas e é um lugar sagrado (tem duas rochas redondas) que está na responsabilidade dos régulos acima mencionados. Consta, igualmente, na literatura que foi o Rei Mutasa que deu sua bênção para construção da linha férrea Beira -.Mutare, hoje conhecido por Corredor da Beira.
A língua local é Chimanhica uma versão do Shona. Shona foi a primeira língua escrita, pelos missionários, nasce na terra dos Manhicas pelos missionários, entre Mutare e Harare, antes de todas as outras línguas terem escrita na região.Em Setembro de 1890 o Rei Chifambausiku assinou um tratado com a Companhia inglesa British South Africa Campany – BSC, aliciado com promessas. As promessas consistiam em conquistar mais terras até no mar, garantir a segurança do Rei e do seu território contra seus inimigos, receberia armamentos e impostos de ouro extraído, construção de estradas e caminho-de-ferro e outras infra-estruturas no Reinado.
Em contrapartida, os ingleses queriam possuir concessões de terra para exploração mineira e que a mesma não poderia ser concedida a terceiros sem o consentimento da companhia. Todas essas promessas que a companhia fazia tinham como objectivo final a colonização da região.
Para garantir a gestão do território que estava sob o Reinado do Mutasa, o Rei mandava em vários pontos seus filhos guerreiros. Mesmo assim não conseguiram manter o Reinado firme porque a colonização já estava em marcha.
Contudo, do lado moçambicano existem alguns descendentes de Mutasa muito conhecidos que constam nas obras de alguns historiadores, são eles os régulos Tacarume (Nkurume), Chadzuka, Mukudu e Timba.
Do Instituto Superior Mutasa
Dr. Vasco Lino & Eng.
Lopes Quichine
Isto foi uma visão de moçambicanos que são descendentes deste reino formados fora do país, no âmbito da parceria que o governo moçambicano tinha com os seus parceiros, isto a pós a independência, tiveram uma visão em fazer algo que não pudesse imortalizar este Reinado.
Isto foi uma visão de moçambicanos que são descendentes deste reino formados fora do país, no âmbito da parceria que o governo moçambicano tinha com os seus parceiros, isto a pós a independência, tiveram uma visão em fazer algo que não pudesse imortalizar este Reinado.
Trata-se do Dr. Vasco Lino que sugeriu aos Eng. Lopes Quichine, os dois foram colegas foi colegas de carteira na escola secundária, para a criação duma instituição do ensino superior no distrito de Manica, que teria o nome de Mutasa em memória ao reinado com vista a facilitar aqueles que tinham dificuldade de se deslocar para outros pontos do país para frequentar o ensino superior. A ideia foi do concesso comum dai formou se uma sociedade denominada SOCIEDADE MANICA CHINHAMAPERE INVESTMENTS, SA -SOMACHIL.
Dai iniciou se com o processo de pedido, registo e instalação do ISMU onde ambos fizeram parte da comissão instaladora, tendo sido autorizado pelo Decreto 38/2012 de 8 de Novembro, com sede no distrito de Manica na província do mesmo nome, cujo estatutos também foram aprovados.
Iniciou com as suas actividades lectivas em Março de 2013 na sua sede com 56 estudantes a frequentarem 05 cursos, nas instalações do Policentro na Rua Mavonde Bairro 25 de Setembro na Cidade de Manica sob direcção do Eng. Lopes Quichine que na altura exercia a função de Director Geral do ISMU.
Imbuído com o sentido de formar mais moçambicano face a sabedoria impírica dos Mutasa, que hoje estamos atestemunhar a Iª graduação o Instituto Superior Mutasa, queremos reafirmar que a Instituição está a crescer e já conta com três delagações sendo Manica, Chimoio e Cidade Maputo.